quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre que Chávez inventa um novo referendo ou acontece uma eleição regular, não tarda muito e as falcatruas promovidas por ele e seus capachos (CNE, militares do Plano República, milícias bolivarianas, etc.) começam a aparecer. Que a fraude eleitoral já está institucionalizada na Venezuela hoje em dia até as pedras sabem. Apesar disso, o presidente brasileiro vive gritando aos quatro ventos que na Venezuela existe “excesso de democracia”, os observadores – todos coleguinhas do comunismo internacional e do Foro de São Paulo – avalizam os resultados, ratificam o crime eleitoral e vão para casa felizes e contentes por terem cumprido com o dever; e nas consciências não pesa um grama por esta irresponsabilidade criminosa. No dia seguinte, todos os jornais, de modo especial os brasileiros, repetem a farsa até dar náuseas nos leitores.

Então, dando proceguimento à análise da fraude e ao desmascaramento desta aberração, o Notalatina apresenta mais evidências daquilo que há anos denuncia. São fotos, numa série de 8, onde aparece um caminhão do Exército Venezuelano com soldados descarregando caixas eleitorais. Não há dúvida de que essas caixas pertencem ao CNE porque numa delas aparece claramente a sigla. Além disso, a placa do caminhão, EJ 2395 – também visível -, não pode ser de outro lugar que não o Exército Venezuelano. Vejam na seqüencia o que ocorre a estas caixas.
Será possível que mal acabaram de contar os votos já se pode incinerá-los SEM UMA AUDITORIA onde estejam presentes as duas partes da contenda, para ratificar a autenticidade dos resultados do escrutínio? Este procedimento é legítimo e normal em qualquer país, ou o objetivo desta operação era justamente destruir as provas de incontáveis votos contrários ao governo? As perguntas não param de pulular em minha cabeça – e com certeza nas dos venezuelanos – e, por mais boa vontade e isenção que eu queira ter, não encontro uma resposta plausível para justificar o que a mim me parece CRIME ELEITORAL puro e simples. Estas pessoas deviam estar na cadeia, o referendo anulado e o ditador de Miraflores deposto e preso.
E para corroborar tudo isto que as pessoas não infectadas ideologicamente percebem, meu amigo Alejandro Peña Esclusa nos escreve um artigo em que propõe um movimento saneador para resgatar a dignidade do CNE e das demais instituições governamentais. Leiam e reflitam porque toda esta patifaria tem muito a ver conosco, e não preciso dizer por quê. Fiquem com Deus e até a próxima!
Aqui a placa do caminhão não deixa dúvidas quanto à sua procedência!




Olhem a sigla do CNE na caixa no alto, à direita!


Aqui é possível aquilatar a quantidade de votos destruídos, comparando-se a pilha de caixas com um homem que aparece à esquerda.


Vejam a que ficou reduzida esta quantidade incalculável de votos...

Traduções e comentários: G. Salgueiro


Urge um movimento para resgatar o CNE

*Alejandro Peña Esclusa


O objetivo deste escrito é apresentar uma proposta que unifique os esforços de todos os venezuelanos em uma só direção, com a finalidade de recuperar o equilíbrio e a harmonia em nosso país. As premissas são as seguintes:

1. A oposição está dividida em dois blocos: os que participam das eleições e os abstencionistas. Entretanto, esta divisão é artificial, posto que todos os venezuelanos queremos votar. Todavia, os que se abstêm não o fazem por obstinação senão porque desconfiam – com toda a razão – do Conselho Nacional Eleitoral.

2. Há quem pense – justificadamente – que se comete fraude nas eleições. Os informes de http://www.esdata.info/ sobre as irregularidades do sistema eleitoral são contundentes e esclarecedores, porém, mesmo aqueles que inclusive rechaçam a tese da fraude, desconfiam do CNE.

3. E como não duvidar de um CNE composto majoritariamente por militantes do oficialismo, como não duvidar de umas máquinas eletrônicas programadas pela Smartmatic, de umas captahuellas (caça digitais) que intimidam o votante e de um REP avolumado da noite para o dia? Não é necessário demonstrar a fraude; basta que haja dúvida para que um sistema eleitoral seja inviável e inoperante.

4. A dúvida também corrói os chavistas que não sabem com certeza se seu comandante conta com o apoio das maiorias, ou se a revolução é uma farsa, baseada em uma multimilionária campanha propagandística.

5. Quando um sistema eleitoral não conta com a confiança dos cidadãos; quando as eleições já não servem para dirimir as diferenças entre os diversos setores, então surge a tentação de usar a violência para fazer valer o que cada um considera ser a vontade popular. Há muitos casos na história que assim o demonstram, como por exemplo, a Espanha de 1936.

6. Pelo que foi exposto acima, convém a todas as partes recuperar a confiança no sistema eleitoral: substituindo os atuais reitores do CNE por outros sem militância política; eliminando as máquinas eletrônicas de votação e as captahuellas, para regressar ao voto manual e à contagem de todas as caixas; e depurando o Registro Eleitoral Permanente (REP).

7. Um sistema eleitoral confiável é a porta de entrada para recuperar a institucionalidade do resto dos poderes públicos, como a Assembléia Nacional e o Tribunal Supremo de Justiça.

8. Urge criar um grande movimento nacional pelo resgate do CNE que, dentre outras iniciativas, peça a nulidade do referendo realizado no passado 15 de fevereiro. Depois de tudo, o oficialismo anulou – de fato – o referendo de 2 de dezembro de 2007, o que é igual à fraude.

Poder-se-ia argumentar – corretamente – que o governo jamais aceitará mudar o CNE. Porém, há que forçá-lo mediante uma pressão social sem precedentes. Não estamos pedindo uma dádiva, senão exigindo um direito fundamental.

* Presidente de Fuerza Solidaria e UnoAmérica

6 comentários:

Tia Cê disse...

pqp!
onde você conseguiu essas fotos?
cadê a mídia que não poe isso na manchete?

Messias disse...

Qualquer semelhança não é mera coincidência. Eis o que Max Weber diz em "Economia e Sociedade" sobre a dominação carismática:

"O tipo transitório mais importante é a dominação plebiscitária. A maioria de seus tipos é encontrada nas “lideranças de partido”, no Estado moderno. Mas sempre existe quando o senhor se sente legitimado como homem de confiança das massas e é reconhecido como tal. O meio adequado para isso é o plebiscito. Nos casos clássicos de Napoleão I e Napoleão III, ele foi aplicado depois da conquista violenta do poder político; no caso do segundo, recorreu-se a ele de novo após a perda de prestígio. É indiferente (a esta altura) como se estima seu valor de realidade: em todo caso, é formalmente o meio específico de obter a legitimidade do poder a partir da confiança (formal e ficticiamente) livre dos dominados.
(...)
1. A “democracia plebiscitária” – o tipo mais importante da democracia de líderes - em seu sentido genuíno, é uma espécie de dominação carismática oculta sob a forma de uma legitimidade derivada da vontade dos dominados e que só persiste em virtude desta. O líder (demagogo) domina, na verdade, devido à lealdade e confiança de seu séquito político para com sua pessoa como tal. Ele domina inicialmente, os partidos que conquistou e, em seguida, no caso de estes o levarem ao poder, toda a associação. São representantes do tipo os ditadores das revoluções antigas e modernas: os aisimnetas, os tiranos e os demagogos helênicos; Graco e seus sucessores, em Roma; os capitani Del popolo e os burgomestres nas cidades-estados italianas (...)Onde quer que se procurasse legitimar essa forma de dominação, foi mediante o reconhecimento plebiscitário pelo povo soberano. (...) Tanto a legitimidade tradicional quanto a formal são igualmente ignoradas pelas ditaduras revolucionárias. (...)
Característico da democracia com líder é, em geral, o caráter emocional específico da entrega e confiança nele, no qual costuma proceder a inclinação a seguir aquele que parece mais extracotidiano, que mais promete e mais trabalha com meios iniciativos. O traço utópico de todas as revoluções tem aqui sua base natural."

Anonymous disse...

Importantíssimo o seu texto revelador e as fotos. A fraude desses canalhas chavistas era esperada.
OBS: Você esqueceu de traduzir "proceguimento" para "prosseguimento".

Anonymous disse...

Prezada Graça Salgueiro,

Há alguma possibilidade de haver guerra civil em algum país do nosso pobre continente?

Grato.

Stenio Guilherme Vernasque da Silva disse...

Meu Deus!!!
Sua voz deve ser ecoada por todos os cantos desta América.
E que os americanos te ouçam e que se desmascare A. Gramsci e o Foro De São Paulo.
Estarei seguido esta trilha até o fim.
Brasil: Acima de Tudo!
Realmente com o nível de reportagem deste espaço, com toda mídia vendida aos comunas, você deve ter seguranças mesmo.
Parabéns pelo grande trabalho!
Como formiguinhas seguimos seus passos!

Anonymous disse...

Olá, Graça Salgueiro, gostaria de perguntar porque mesmo procurando nos arquivos do seu blog eu não encontro o documentário "X-ray of a lie"(Radiografia de una mentira) que expõe as verdades sobre o falso "golpe de estado" contra Chávez.
Sei que tem contatos, queria saber se de alguma forma soube se o documentário é ou não fidedigno.

Segue o link
http://video.google.com/videoplay?docid=-3378761249364089950

Obrigado