sexta-feira, 12 de setembro de 2008


O Notalatina de hoje tinha o propósito inicial de fazer uma análise da situação da Bolívia mas, diante de mais um ataque sofrido pelo site “Papéis Avulsos”, do meu amigo Heitor De Paola, abro a edição de hoje com esta denúncia. No dia 23 de agosto pp., o site do Heitor foi violentamente atacado por vândalos que, não tendo como refutar nossas denúncias contra-argumentando com fatos provados, fazem a única coisa que seus espíritos de porco estão acostumados: tentam apagar as provas de seus crimes. No dia seguinte, com a situação já normalizada, atacaram de novo como para intimidá-lo.

Antes de preparar a última edição do dia 09 estive no “Papéis Avulsos” e percebi que os artigos que apareciam eram antigos, então, assustada com a possiblidade de novo ataque liguei para o Heitor que me confirmou haver sido invadido mais uma vez, mas pediu-me que não denunciasse porque havia sido uma “falha técnica” que havia deixado uma porta aberta. Comentei com ele que, mesmo tendo havido uma falha na segurança do site, se não houvesse “plantonistas” a espera de qualquer brecha para atacar isto não teria acontecido. Então, como o assunto abordado naquele dia acabou se estendendo desisti de denunciar, acatando o pedido dele.

Hoje, entretanto, a coisa foi pior. Quando tentei acessar o site do Heitor no início da tarde, meu anti-vírus ligou um alarme e disse haver detectado um trojan. Quer dizer, este bando de marginais não se satisfez apenas em prejudicar o site do Heitor mas resolveu punir também seus leitores. Por sorte eu tenho um bom anti-vírus mas, e quem não tem? Segundo o Heitor me informou, desde sua inauguração, em junho deste ano, o “Papéis Avulsos” já sofreu 30 ataques!!! Vocês já pararam para pensar quanto ódio, quanto ressentimento, quanta inveja, mesquinharia e destruição, quanta miséria humana se esconde no espírito de um comunista? Basta ver o produto de suas obras para se constatar o que digo. Esta gente não produz nem jamais produziu nada de bom ou saudável por onde passou; deixou um rastro imundo de sangue, miséria e destruição. Só isto. Vejam as caras deles, suas manifestações e suas propostas; não há beleza, serenidade, tampouco alegria. A cor escolhida para representá-los é o vermelho, do sangue de seus mártires e das trevas demoníacas.

Isto me revoltou muito mas não menos do que ver a hiopcrisia dos agentes do Foro de São Paulo (Lula, Marco Aurélio Garcia – MAG -, Valter Pomar, Berzoini, Chávez, Cristina Kirchner), que são parceiros das FARC, mas condenaram como atos de terrorismo praticados por um setor fascista e racista da oposição de direita os distúrbios que estão ocorrendo na Bolívia. Para esta gente, as barbáries cometidas pelas FARC não são atos terroristas, tampouco os praticados nas décadas de 60-70 pelos hoje ministros do governo brasileiro Carlos Minc, Dilma Roussef, Franklin Martins. Que moral tem esta gente para denunciar a sabotagem no gasoduto boliviano, supostamente atribuído aos opositores autonomistas, quando há mais ou menos um mês os “kamaradas” das FARC fizeram o mesmo na Colômbia e não houve um só desses cínicos a denunciar ou prestar solidariedade ao presidente Uribe?

Particularmente eu tenho dúvidas acerca desta sabotagem porque, quando o Brasil – SOB AS ORDENS DO FORO DE SÃO PAULO – resolveu ceder às exigências deste índio cocalero – sim, seu Berzoini, é isto mesmo que este elemento é: um índio cocalero e comunista! -, assinando um contrato de fornecimento de gás lesivo aos cofres da Nação brasileira, Morales reconheceu que NÃO teria como suprir a nossa demanda porque ela era maior do que a produção do seu país. Com isso eles tiveram que diminuir o fornecimento à Argentina, o que provocou muitos apagões e revolta da população. Não parece então uma estranha “coincidência” o desabatecimento recente em São Paulo? Qual a desculpa que o cocalero Morales vai arranjar depois, quando não conseguir, mais uma vez, cumprir com sua parte no contrato? Quem vai ser o bode expiatório?

Não é necessário explicar o início desta situação de “estado de guerra” que vive a Bolívia hoje porque todos os jornais nacionais já divulgaram, não porque cumprem com seu papel de bem informar os leitores, mas porque os alarmes foram acionados pela PTPol para defender o ilegítimo presidente Morales, companheiro do Foro de São Paulo. Entretanto, há detalhes que a imprensa não informa e que é necessário enfatizar. Nenhum desses presidentes sul-americanos que estão apoiando Morales o fez por diplomacia, mas por força das alianças que os faz sócios indeléveis no Foro de São Paulo. Quando as Forças Militares da Colômbia atacaram o acampamento – permanente – de Raúl Reyes no Equador, Chávez correu para Cuba a fim de receber “instruções” sobre a situação. Na volta manteve conversa telefônica com Correa e este resolveu mudar de atitude resultando naquilo que o Notalatina publicou na ocasião. Em seguida, Chávez toma a defesa de Correa se imiscuindo nos assuntos internos daquele país e, não por solidariedade mas dever de cumplicidade, rompe relações com a Colômbia, retira seu embaixador de lá e expulsa o colombiano da Venezuela.

Agora repete a mesma patifaria na Bolívia. O que a Venezuela tem a ver com isso? Morales repete a paranóia de Fidel Castro de que o embaixador dos Estados Unidos conspirava contra sua vida junto com os opositores e decide expulsá-lo do país. Ontem, durante um comício eleitoral, um Chávez completamente ensandecido, suarento e furibundo expulsa o embaixador americano da Venezuela, acrescentando que “se derrocarem Evo, se o matarem, saibam os golpistas da Bolívia que estariam me dando luz verde para apoiar qualquer movimento armado na Bolívia”, e advertiu que seu governo se consideraria autorizado a “realizar mobilizações de qualquer tipo”. Ora, mas autorizado por quem cara-pálida? Seria por causa dos petrodólares que despeja lá ou porque Evo viaja para onde bem entende em aviões da PDVSA? Ou seria, então, porque a guarda pessoal de Morales foi cedida por Chávez, inclusive em julho passado quatro militares venezuelanos morreram num acidente com o helicóptero utilizado por Evo?

Não menos abusiva e repugnante é a intromissão do Brasil nessa querela interna da Bolívia. De acordo com matéria publicada pelo jornal kirchnerista “Clarín”, da Argentina, Lula teria dito que “o governo brasileiro não tolerará a ruptura da ordem constitucional na Bolívia” e advertiu que “se tentarem derrubar Morales, o Brasil não reconhecerá nenhum governo que pretenda substitui-lo. O mesmo discurso foi dito por Lula e seu grilo falante, MAG, quando houve o referendo autonômico em Santa Cruz, que deu vitória esmagadora e pacífica aos opositores de Morales. Agora, MAG afirma que, apesar de terem suspendido a “missão diplomática” que fariam à Bolívia, ele e o embaixador comunista Samuel Pinheiro Guimarães, “o avião da Força Aérea (FAB) e as malas estão prontas para partir”.

Quem explica estas intromissões de Chávez e de Lula com uma clareza meridiana, é o ex-ministro colombiano Fernando Lodoño, no Editorial de La Hora de La Verdad de hoje, 12 de setembro; não deixem de ouvir! Isto não é somente uma “bisbilhotice” mas um crime, por ferir acordos internacionais que impedem terminantemente que os países – enquanto Estados – interfiram nos assuntos internos dos outros. Tanto Lula quanto Chávez (e toda a militância comunista em torno deles) sabem gritar do alto dos palanques que não admitem a interferência do “império” em seus países. Até hoje ainda rende a história da IV Frota americana que sequer veio com o objetivo que a paranóia desses dementes denuncia, mas a alegação é a tal “não-interferência” nos negócios internos dos outros países. A diferença, entretanto, é que entre os membros do Foro de São Paulo, não só esses acordos internacionais são rasgados, como agem todos em comum acordo, contando com a participação prestimosa de suas redes e ONGs.

Vi há pouco pela CNN em Espanhol que Morales decretou “estado de sítio” em Pando, e está proibido o uso de qualquer tipo de arma – de fogo e branca -, além de haver toque de recolher a partir da meia-noite; isto vale para bares, boates e casas noturnas. Só queria saber se os selvagens índios arruaceiros vão obedecer tal ordem, ou se ela foi feita apenas para os opositores.


E eu encerro esta edição do Notalatina de hoje com uma frase do meu saudoso amigo argentino, Horacio Zaratiegui, que se aplica tão perfeitamente a nós que faço a adaptação dos nomes: “Quando deixemos de ser covardes, Lula e seus sequases deixarão de se fazer de valentes”. É isto Heitor. É isto, amigos todos. Não podemos baixar a guarda porque ainda temos muito chão pela frente. E a única imagem que ilustra esta edição é também de inspiração do Horacio, pois terrorismo não é privilégio de nenhum país e o que estamos vivendo hoje é sim, terrorismo psicológico. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro

terça-feira, 9 de setembro de 2008








O Notalatina ontem completou seis anos de existência e isto é para mim motivo de muita alegria, pois nessa caminhada árdua e praticamente solitária, fiz incontáveis amizades no Brasil e no exterior, fortaleci laços de amizade com pessoas que hoje são parceiras, como Alejandro Peña Esclusa, presidente de Fuerza Solidaria, da Venezuela de onde tenho a honra de ser Membro Honorária; Susana Sechi, editora do site La Historia Paralela da Argentina, onde sou articulista; Carlos Wotzkow, um cubano queridíssimo exilado na Suíça, além de novos contatos que estão surgindo, dentre eles um importante militar da Colômbia.

E tudo isto eu devo, em primeiríssimo lugar, ao meu mestre e amigo Olavo de Carvalho que acreditou em um potencial que nem eu mesma sabia que existia e me lançou no Mídia Sem Máscara; ao jornalista Sandro Guidalli, meu amigo querido que deu não só a idéia do blog como me ajudou a montá-lo e é o autor do nome “Notalatina”; aos amigos que generosamente têm divulgado e respeitado meu trabalho nesses seis anos. A todos, meu reconhecido agradecimento.

Mas hoje eu tenho notícias auspiciosas. A primeira delas é sobre o sucesso do lançamento na Universidad Sergio Arboleda, Colômbia, do livro de Alejandro Peña Esclusa, “O Foro de São Paulo contra Álvaro Uribe”. Tenho em mãos os originais deste livro fantástico, pois sou sua tradutora exclusiva no Brasil, aguardando apenas a boa vontade de alguma editora para publicarmos aqui também.

O evento na Colômbia foi muito concorrido mas teve um fato interessantíssimo que vale a pena registrar. A apresentação do evento ficou a cargo do escritor Plinio Apuleyo Mendoza, autor de “O perfeito idiota latino-americano”, em co-autoria com Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa. Depois desse, os mesmos autores escreveram “O retorno do idiota” que, contrastando com a primeira obra, cai no conto do politicamente correto e afirma haver na América Latina duas esquerdas: uma “carnívora” (radical), à qual pertencem Fidel, Chávez, Morales e Correa, e outra “vegetariana” (light), onde se situariam Lula, Bachelet e Tabaré Vázquez.

Pois bem. Ao fazer a apresentação da obra, Apuleyo teve a decência de confessar que no início muitos acreditavam que havia exagero de Peña Esclusa quando denunciava o Foro de São Paulo (FSP) e que cuidaram de proteger Lula, desvinculando-o da “esquerda carnívora”. Após ler o livro e se dar conta de que há exatos 18 anos Peña Esclusa estuda esta criminosa organização, disse ter “reconsiderado o assunto” embora tenha qualificado Lula apenas como “populista”. Vale ressaltar que Carlos Alberto Montaner desqualifica completamente a existência e malignidade do FSP e Vargas Llosa há muito tem demostrado claramente em seus artigos uma guinada à esquerda. A meu ver, os idiotas latino-americanos de hoje são eles e todos os que debocham de nós que vimos há anos denunciando esta organização criminosa, pois os resultados estão aí, para quem quiser usar os olhos para ver a realidade do continente latino-americano.

Outra notícia interessante é que, com o passar do tempo, as revelações dos computadores de Raúl Reyes acabaram fazendo com que os ratos se vissem forçados a sair do porão. O líder camponês boliviano, Felipe Quispe, que se diz “ex” integrante do Exército Guerrilheiro Túpac Katari (EGTK – de extrema esquerda), em um comunicado lido em La Paz acusou o governo e o vice-presidente Álvaro García Linera - que também “pertenceu” a este bando terrorista -, de negarem seus vínculos com as FARC. Disse ele: “Não podemos ser como o atual governo que descohece e tem vergonha de suas origens e de seus amigos, declarando publicamente ‘não conhecer’ aos que foram seus aliados e suportes políticos”. No comunicado Quispe admitiu não só simpatias mas contatos com as FARC, o mesmo valendo para o governo do cocalero Morales.

E do Chile também, em notícia divulgada ontem, o senador opositor Alberto Espina acusa existência de nexos entre os índios mapuche e guerrilheiros das FARC. O ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, admitiu ter conhecimento de contatos e viagens mas diz não ver nisso “qualquer importância”. Entretanto, o senador Espina entregou há um mês ao Ministério Público e à Agência Nacional de Inteligência um informe contendo mensagens eletrônicas trocadas entre prováveis dirigentes mapuches e Raúl Reyes. Segundo afirmou Espina, “as comunidades mapuches não têm nenhuma vinculação com estes grupos violentos que operam em La Araucanía, são gente de fora treinada e que pertencem aos grupos subversivos”. Ainda segundo a denúncia, um sujeito que se diz chamar “Roque”, enviou em 2006 um correio eletrônico a Raúl Reyes onde aventava a possibilidade de treinar mapuches em conflito.

O senador Espina, que pertence ao partido de direita Renovação Nacional, disse que as FARC mantêm contatos com o Movimiento de Izquierda Revolucionária (MIR), a Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR) e “vínculos políticos” com o Partido Comunista do Chile. Todavia, isto não é nenhuma novidade para quem estuda o assunto, uma vez que todos os citados e inclusive as FARC e o PT do oficialista governo brasileiro, pertencem ao Foro de São Paulo que Vargas Llosa, Apuleyo e Montaner desprezam, como se fosse um grupinho de inofensivos escoteiros.

Mas a informação mais quente de hoje eu reservei para o final. No dia 3 de setembro a “Força Ômega”, através da operação “Alfil”, atacou um acampamento das FARC em Serranía de La Macarena abatendo oito guerrilheiros da Frente 43. Outros quatro foram capturados mas o principal responsável pelo narco-tráfico da guerrilha, Gener García Molina, codinome “John 40”, conseguiu escapar ferido e encontra-se foragido pelas selvas do Guaviare com mais quatro guerrilheiros que conseguiram fugir com ele.

No acampamento foram apreendidos duas metralhadoras, 12 fuzis e munições e o mais importante: três computadores e 40 memórias USB, encontradas em Puerto Cachimo, Guaviare, onde se desenvolveu a ação. O ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, afirmou que a informação contida nesses computadores é maior do que a encontrada nos computadores de Raúl Reyes. Segundo Santos, “[o material] vai nos dar a informação igual ou mais importante do que a que obtivemos no ataque a Raúl Reyes” e acrescentou que “a informação será revelada paulatinamente com o objetivo de não prevenir esta guerrilha”.

Well... Isto é de tirar o fôlego e fico imaginando os segredos de alcova que devem trocar entre si, aquelas “personalidades” que têm e sempre tiveram vínculos com as FARC e o rabo presíssimo, como por exemplo Lula, Marco Aurélio Garcia, Chávez, Morales, Ortega e tutti quanti. Não se pode tapar o sol com a peneira, tampouco não há mal que nunca se acabe. O governo colombiano não conta vitória antes do tempo, como maldosamente divulga a imprensa companheira de viagem, pois eles sabem (e o general Freddy Padilla diz reiteradas vezes) que apesar de enfraquecidas e cada dia mais sufocadas pela ação das Forças Militares, as FARC ainda têm poder de fogo que não deve ser subestimado. Os terroristas continuam cometendo crimes, narco-tráfico e mantêm em cativeiro uma infinidade de vítimas.

Vejam a ousadia deste bando terrorista. Este vídeo divulgado pela “Caracol Radio” da Colômbia mostra a presença de terroristas encapuzados na Faculdade de Ciências e Educação da Universidad Distrital em La Macarena, falando para uma multidão de jovens. Quem é o reitor desta universidade que permitiu um absurdo como este? Mas, como disse o ministro Santos após o sucesso da Operação Xeque, se eles não se renderem por bem, vão se render por mal. Deus o ouça e atenda!

Resta agora aguardar que o governo colombiano divulgue as informações contidas neste material apreendido porque esta gente precisa ser desmascarada. No Brasil a tropa de choque palaciana agiu rápido e a imprensa companheira de viagem seguiu à risca a determinação de desmerecer, negar e minimizar a bombástica revelação da revista “Cambio”, tendo como principal articulista a comuna Eliane Cantanhêde. Na ocasião em que o escândalo estourou veio uma muito providencial “olimpíada” e o resultado é que o caso foi abafado; nunca mais se falou no assunto e o povão, que nunca tomou conhecimento do que é de fato o FSP, já nem lembra mais que assunto é este. Mas nós não podemos permitir que aquelas denúncias sejam “deletadas” da memória nacional, sobretudo porque este é um ano de eleições.

E o Notalatina vai ficar em estado de alerta para as notícias relativas a estes computadores, podendo fazer edição extra a qualquer momento. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e Traduções: G. Salgueiro