quinta-feira, 2 de novembro de 2006


No último fim-de-semana de outubro aconteceram dois eventos promovidos pelas esquerdas mais radicais do continente sul-americano, um na Bolívia e outro no Chile, mas nada disso foi noticiado pelos jornais brasileiros porque não interessa que o nosso sempre alheio e enganado público seja devidamente informado dos rumos que são traçados para o nosso país.


O evento ocorrido na Bolívia é muito grave e será abordado em meu próximo artigo para o Mídia Sem Máscara, onde também sou articulista. E no Chile, grupos de guerrilheiros e terroristas, dentre eles o ELN e as FARC da Colômbia, “debateram” estratégias de uma luta conjunta contra “o imperialismo norte-americano” na região.


Vale salientar que a estratégia defendida por eles é a mesma que foi sugerida num evento com praticamente os mesmos grupos, ocorrida em Manta, Equador, em 2002, que referi no artigo “Quem chorará por ti, América Latina?”. Neste encontro o Brasil não enviou representantes (no de Manta o MST teve papel preponderante e o PT foi signatário dos acordos e decisões), talvez porque realizou-se na véspera e dia das eleições brasileiras onde esta gente precisava estar “a postos”.


O informe de hoje do Notalatina relata o evento do Chile, que foi convocado pelo bando terrorista Frente Patriótica Manuel Rodríguez, intitulado “Projeções da luta revolucionária”. Como vocês poderão ver, o comunismo mais bárbaro e sanguinário continua utilizando eufemismos e maquiagens mas com os mesmos propósitos de 20, 40 ou 70 anos atrás. Observem também que a maioria dos assistentes eram jovens, o que significa que recrutar pessoas inexperientes e sonhadoras para servirem de bucha de canhão se mantém e se repete, criminosamente, sempre, sempre, sempre.


Bem, por hoje é só. Leiam e reflitam sobre o que nos espera em mais 4 anos de um partido comunista, repleto de criminosos e terroristas impunes, no comando da Nação. Fiquem com Deus e até a próxima.



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Continua cúpula de guerrilheiros no Chile



28 de outubro - Uma dezena de organizações esquerdistas e de ex-guerrilheiros da América Latina debate neste fim-de-semana em Santiago, como impulsionar uma mesa de coordenação regional que empreenda em conjunto a luta contra “o imperialismo norte-americano”.


Os participantes iniciaram seu encontro na sexta-feira e finalizaram no domingo, convocados pela Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), a guerrilha urbana que combateu a ditadura de Augusto Pinochet e que depôs as armas após a volta da democracia em 1990.


Batizada de “Projeções da luta revolucionária”, o encontro pretende fundamentar um precedente para futuras reuniões nas quais buscará delinear um projeto comum de luta, explicaram seus participantes. Embora validem a luta armada como método eficaz para fazer frente à “opressão”, “o principal agora é a construção social”, explicou Jorge Gálvez, líder da FPMR. Com este encontro “vai-se dar um salto qualitativo importante. É necessário nos nutrirmos e educarmos da experiência de cada uma das organizações para enfrentar o imperialismo norte-americano”, acrescentou.


Entre os participantes figuram a organização Quebracho e o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) da Argentina; Pachakuti, da Bolívia; Fogoneros, do Uruguai; Todas as Vozes, do Peru; Fogata, da Venezuela e o Partido Comunista Marxista Leninista, do Equador.


Segundo seus organizadores, também participam representantes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), embora não tenham sido identificados por razões “de segurança”, informou Gálvez.


A reunião teve escassa cobertura nos meios de imprensa chilenos, salvo por uma pequena controvérsia com dirigentes da direita que tentaram impedir sua realização e qualificaram os participantes de “terroristas”. As exposições e palestras reiniciaram neste sábado (28.10) ante umas 200 pessoas – em sua maioria jovens – reunidas em um antigo cinema do centro de Santiago.


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Cúpula de guerrilheiros exige posições ainda mais radicais


Santiago do Chile, 29 de outubro – Em sua reunião de Santiago, os dirigentes da esquerda revolucionária da América Latina apresentaram um panorama geral da situação de seus países, com críticas que inclusive atingiram o presidente Evo Morales da Bolívia, acusado de “traidor”.


Durante o encontro de três dias, denominado “Projeções da luta revolucionária” que convocou em Santiago uma dezena de organizações, os expositores também questionaram os governos progressistas de Néstor Kirchner, da Argentina; Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil; Tabaré Vázquez, do Uruguai; Alan García, do Peru e de Michelle Bachelet, do Chile.


A reunião foi organizada pela facção chilena Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), que combateu a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), porém depôs as armas após a recuperação da democracia.


O governo de Evo Morales “é de uma esquerda reformista e conformista disfarçada de indígena”, acusou Zenón Quispe, dirigente do movimento indigenista boliviano Pachakuti, que participou de uma plenária com outros cinco expositores de distintos grupos ante umas 200 pessoas. Quispe assegurou que Morales não levou adiante uma verdadeira nacionalização dos hidrocarbonetos, nem tampouco conseguiu satisfazer as demandas pela redistribuição da terra entre os camponeses bolivianos. “De qual revolução estamos falando? Evo é um traidor”, assegurou, adiantando que sua organização se erigirá como oposição ao governo do líder cocalero.


Raúl Lescano, representante da organização “Quebracho” da Argentina, advertiu que em seu país “se incuba a rebelião” e que ela poderia estourar de maneira similar ao que ocorreu em fins do ano de 2001. Na Argentina, “o país da inflação”, como o chamou, “os desocupados estão condenados à fatalidade de sua condição”, enquanto se observa o “saque” dos recursos naturais e a repressão oficial sobre as “lutas populares”.


Jorge Gálvez, líder do FPMR, disse: Nós queremos dar continuidade ao processo de Hugo Chávez e da experiência cubana. Da cúpula também participaram o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) da Argentina, Fogoneros, do Uruguai; Fogata, da Venezuela e o Partido Comunista Marxista-Leninista do Equador. Segundo seus organizadores, também participam representantes o Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) e membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), porém eles não apareceram em público.


Fontes: http://www.hechosdehoy.com/ e http://www.poresto.net/


Comentários e tradução: G. Salgueiro

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