sábado, 11 de janeiro de 2003

Há uns dois ou três dias atrás recebi um chiste muito engraçado, onde dois radialistas venezuelanos pregaram uma peça muito bem feita no delinquente presidente Chávez, em que ele jurava estar falando ao telefone com o “Tiranossauros Rex Castro”. A gravação trazia, de fato, a voz do ditador, mas da conversa gravada com o presidente Fox, do México, em incidente ocorrido no ano passado. A certa altura o Tiranossauros pergunta: ”Recebeste minha carta?” Ao que o aprendiz de tirano responde: ”Sim e já falei com Gérman”. Muita gente ficou a se perguntar “quem” seria esse tal Gérman. Pois muito bem: é Gérman Sánchez Otero, Embaixador de Cuba na Venezuela. E ainda tem gente querendo tapar o sol com a peneira, fazendo de conta (e levando a população a crer) que as relações entre esses dois é puramente diplomática...



Mas hoje o Notalatina traz assuntos muito sérios. A edição que vocês vão ler é aberta com um artigo da jornalista Eleonora Bruzual, uma análise dos protestos (legítimos) dos venezuelanos sobre a saída do petróleo para Cuba e uma denúncia grave, sobre a ameaça de fechamento dos canais de difusão na Venezuela, que o Notalatina já havia denunciado em fins do ano passado, agora, com mais detalhes.



EXCELENTÍSSIMOS INIMIGOS



Eleonora Bruzual



OS VENEZUELANOS VIVEMOS momentos que combinam dores, sacrifícios, decisão, aprendizagem, maturidade. Nessa aprendizagem conseguimos identificar, censurar e denunciar muitos países, cujos governantes movidos pela mais plena rapacidade, correm a apoiar Hugo Chávez e um projeto rechaçado pela maioria dos homens e mulheres que, sem medo, enchemos as ruas em multidões impactantes pedindo a saída de um regime abjecto, totalitário e entreguista.



Argélia, Trinidad, Brasil, para assinalar os mais descarados intervencionistas, atuam como aves de rapina sobre uma presa cobiçada: O petróleo ’boccata di cardinale’ que uns desrespeitosos de nossa soberania tratam de agenciar-se, ainda exercendo como mercenários à ordem de um tropeiro que não busca outra coisa senão a permanência no poder e sua mania de servir a um tirano senil, cujo monotema é a cubanização de um continente.



Aos já nomeados e outros que como França e Suíça, se conseguissem seu Idi Amin caribenho ao que lhe vendem desde um avião, até um “lote de intelectuais” em jornal fixo, é importante que uma mulher venezuelana lhes recorde que aqui, neste país galhardo, há um bravo povo com neurônios, testículos e ovários em quantidade para impedir, tanto seus despojos e desrespeitos como os sonhos de dominação de Chávez, Castro ou qualquer outro déspota.



Aos argelinos comandados pelo “irmãozão Boutef”, lhes recordo que não somos um terreno de litígio, nem um povo consumido que lhes permitirá adonar-se de nossa riqueza como se fosse fosfato sahariano. Aos trinitários, que não se esqueçam de nossa essência libertadora nada parecida à herança livre. Aos brasileiros que era melhor a cara bonita de Ronaldo e não a do mercador ávido, pronto a tomar partido.



É certo que mais de um figurão desta “roubolução” está disposto a dar até o traseiro (sem alusões pessoais, embora sejam plenamente factíveis) com o fim de continuar no poder. É certo que hoje a força militar, graças a um grupelho indigno e traidor, ficou para montar relicários de loas ao tropeiro coroado e reprimir o povo combativo, enquanto rogamos que não se apresente um conflito fronteiriço que perderíamos vergonhosamente, graças a sua degeneração; porém, quão certo é que essa minoria que mata, que mente, que manipula vai passar, que renascerá a Pátria Soberana e vossos cálculos, excelentíssimos inimigos credenciados aqui, ficarão sem efeito, gerando a mais firme repulsa aos que desprezaram nosso direito à dignidade.



MILHARES DE VENEZUELANOS PROTESTAM EM CARACAS PELO ENVIO DE PETRÓLEO A CUBA



Rui Ferreira – El Nuevo Herald – Caracas



Enquanto milhares de venezuelanos saíram ontem às ruas em três pontos desta cidade para protestar contra o continuado envio de petróleo à Cuba, por parte do governo do presidente Hugo Chávez – embora a ilha não tenha pago a prestação de dezembro –, os venezuelanos retiraram de suas contas milhões de dólares nas primeiras 24 horas da parada bancária.



Portando cartazes, bandeiras e acompanhados por orquestras populares, ao som do qual proferem em coro palavras de ordem como “nem um litro de petróleo para Cuba”, “Fidel, por favor, leva Chávez” e o conhecido “já caiu, a ditadura já caiu”, venezuelanos de todas as procedências e todos os ofícios lançaram seus reclamos no ar por mais de três horas e, ao menos em um dos casos, conseguiram encontrar força para repelir uma tentativa de agressão de partidários do mandatário.



As concetrações tiveram lugar em frente a três instalações da empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA) nos bairros de Chuao, Los Chaguaramos e La Floresta. Nos Chaguaramos, perto da Universidade Central da Venezuela, a Polícia Metropolitana teve de reprimir as ameaças de um grupo de estudantes chavistas, que efeturam dois disparos no ar e lançaram uma granada de gás lacrimogênio. Os agentes controlaram facilmente a tentativa de distúrbios e a concentração foi-se reforçando. “A mim não me preocupa que o petróleo vá para Cuba, mas o fato de que sabemos que não chega ao povo. O governo cuida de ocultar isso, porém muitos venezuelanos vão à Cuba como turistas e quando voltam, contam o que se passa lá”, disse Luisa Fermín, de 68 anos, que, de bandeira em punho, subiu na base de uma estátua de uma máquina extratora de petróleo, nos Chaguaramos e daí não se moveu por um bom par de horas.



Diante de um mar de bandeiras, que por instantes pareceu targar Juan Fernández, o líder da organização não governamental Gente de Petróleo - uma espécie de ministério do ramo na clandestinidade –, Fermín lamentou que o envio do óleo cru à ilha “esteja servindo para pagar o treinamento destes senhores dos círculos bolivarianos violentos em Cuba”.



Fernández disse aos associados que a PDVSA está totalmente paralizada, uma informação que não foi possível confirmar até o fechamento desta edição independente, e que o envio do óleo cru à ilha é uma “decisão política de Chávez, feita pelas costas e para prejudicar os venezuelanos”. Na semana passada a Venezuela enviou a Cuba meio milhão de barrís de petróleo – estimado em U$ 12 milhões – em que pese a ilha não ter liquidado ainda a quota endividada em dezembro de uns U$ 7 milhões, disseram fontes sindicais. A prestação já havia sido renegociada após o falido golpe de estado de Chávez em abril.



”Não é difícil de imaginar, os venezuelanos estamos indignados (com o envio de petróleo a Cuba). Não nos pagam e ainda reclamam mais. Espero, sinceramente, que quando tudo isto acabar, a Venezuela corte relações com Cuba. Essa gente não nos faz falta, só querem nos prejudicar”, disse o estudante Eduardo Silva. Na concetração de Chuao, o ambiente era distinto. ”Estive em Cuba. Neste país os cubanos sempre gostaram de nós e nunca olhamos se eles eram comunistas ou não. Agora os odiamos. Creio que isso Fidel tem que agradecer a Chávez, seu amigo”, sentenciou Edmundo González Parano, professor universitário.



Por outro lado, em seu primeiro a greve bancária de dois dias foi mais ou menos cumprida. Segundo fontes na Superintendência de Bancos, os venezuelanos retiraram ontem uns $ 143 milhões de suas contas. Alguns empregados acudiram as instituições bancárias, para atender os pagamentos de hospitais e manter em funcionamento os caixas eletrônicos. Os que foram trabalhar, limitaram-se a respeitar o horário restringido – de 9:00 AM ao meio dia – o qual pareceu suficiente para atender a todos os clientes que procuraram as instalações, um número inferior ao normal, possivelmente porque pensaram que estavam fechadas.



Na realidade, o Banco da Venezuela, Provincial e Citybank, abriram as portas de todas as suas agências. Em contrapartida, houve casos como o do Banco Mercantil que recebeu seus clientes apenas na sede central, disseram fontes sindicais.



Por outro lado, as embaixadas da Alemanha, Austrália e Canadá nesta capital, foram evacuadas ontem após informações de ameaças de bomba, num momento em que o país está na sexta semana de uma parada contra o governo, porém não se encontraram explosivos, disseram a polícia e diplomatas.



DENÚNCIA!

O GOVERNO DE CHÁVEZ PREPARA-SE PARA FECHAR MEIOS DE COMUNICAÇÃO



Recomendação dos revolucionários



Através de paginas web dos seguidores do governo autocrático que Hugo Chávez tem imposto na Venezuela, está sendo difundida a idéia inicialmente expressada pela Deputada chavista na Assembléia Nacional, Iris Varela, de cancelar as concessões de operação aos meios de comunicação privados que não seguem a linha informativa do regime.



Em um nítido contraste com as idéias que estas mesmas páginas difundiam em julho de 2002, pediam ”se não lhe interessa (...) pode mudar de canal, desligar o televisor”, agora pretendem silenciar as vozes dos fatores de oposição ao cercear o direito à livre expressão, com vistas a difusão de qualquer idéia que não seja do agrado e conveniência do regime.



No formato que hoje está sendo divulgado, mencionam-se especificamente às emissoras Venevision, RCTV, Televen e Globovisión, que “estão conspirando abertamente contra a Constituição da República Bolivariana da Venezuela”. Nada do simples conselho de apenas 6 meses atrás, pedindo aos leitores que simplesmente desligassem o televisor.



Nas ruas de Caracas, as pessoas já não entendem o que querem os chamados ”Revolucionários”: “Exercer a liberdade de expressão só é uma conspiração nas ditaduras; em democracia, é um dever”, expressou Franklin Ortiz, pai com dois filhos que apoia a parada.



A constante negação de Hugo Chávez em permitir eleições livres e democráticas, tem estendido a parada geral à sua sexta semana. Chávez e seu gabinete de governo, que inicialmente negou a paralização de atividades e que em reiteradas ocasiões declarou que tudo estava “excessivamente normal”, está furioso pela ampla cobertura que as emissoras fazem do êxito da parada, e quer agora fechar todas as emissoras, com a única excessão do canal do Estado.



REFERÊNCIAS:



1. A atual solicitação de assinatura para fechar as mídias:

http://www.aporrea.org/dameverbo.php?docid=3318

2. A contraditória recomendação aos usuários em julho de 2002:

http://www.aporrea.org/dameletra.php?docid=93



Fonte: www.MilitaresDemocraticos.com – Visitem este site!



quinta-feira, 9 de janeiro de 2003

Conforme o prometido, o Notalatina traz informações sobre a ainda tensa situação na Venezuela. São muitas denúncias, graves e que merecem bastante atenção, sobretudo num momento em que o “Eixo do Mal” tem-se articulado para levar a população, sobretudo a estrangeira, a crer que o golpista Hugo Chávez está sendo “vítima” de um golpe promovido pela “burguesia insatisfeita” com seus projetos sociais, e por “militares traidores”.



É preciso estar muito atento a emissoras de televisão e jornais que trabalham para a ”nomenklatura”, sendo a principal porta-voz, a jornalista Lucía Newman, da CNN, uma chilena, casada com um cubano integrante do Partido Comunista Cubano, e que está sempre onde há um conflito esquerda-direita, para distorcer os fatos, e “desinformar” a população. Há ainda nesta edição, a confirmação de que desde dezembro, petroleiros cubanos estão prontos para viajar à Venezuela, para acabar com a greve no setor.



FURA-GREVES CUBANOS PRONTOS PARA VIAJAR À VENEZUELA



HAVANA, 31 de dezembro (Ana Leonor Díaz, Grupo Decoro – www.cubanet.org) – Contrariando o desmentido do governo de Cuba, uma fonte da navegação Petrocost revelou que desde meados de dezembro há petroleiros cubanos prontos para viajar à Venezuela e romper a greve petroleira nesse país. A fonte, que pediu anonimato, disse que a agência empregadora Güincho Crewing Agency solicitou a capitães e demais oficiais experts em navios petroleiros que estivessem prontos para serem enviados à Venezuela.



Os marinheiros cubanos devem reportar sua localização a cada quatro horas à agência, além de terem prontos seus passaportes e equipamentos. De acordo com a informação proporcionada por esta fonte, o desmentido do governo cubano é “tecnicamente correto”, pois não se tratava de enviar tripulantes (marinheiros subalternos), mas capitães e oficiais, ou seja, pessoal de comando.



No dia 21 de dezembro uma nota da chancelaria cubana desmentiu que o governo se dispunha a enviar tripulações de marinheiros à Venezuela, para interromper a parada dos trabalhadores da empresa Petróleos da Venezuela (PDVSA), que pôs à beira do colapso o governo de Hugo Chávez.



Esta informação foi transmitida por telefone, pois o governo de Cuba não permite ao cidadão cubano acesso a Internet.



DENUNCIAM ENVIOS DE PETRÓLEO A CUBA EM MEIO À CRISE



Caracas, 5 de janeiro de 2003 – O presidente do sindicato único dos trabalhadores petroleiros Unapetrol, Horacio Medina, acusou hoje o presidente Hugo Chávez de foencer petróleo a Cuba, enquanto a cidadania vê-se obrigada a fazer longas filas nos poucos postos de abastecimento, pela escassez de combustível, disse DPA> Medina asseverou que o Governo carregava hoje uma embarcação com 230 barris de óleo cru, para enviar à ilha caribenha.



”Não entendo como é possível que se envie petróleo a Cuba, em meio desta crise e a escassez de gasolina que existe no país”, assinalou. Medina acrescentou que a empresa estatal cubana Cupet deve a Petróleos da Venezuela 49 milhões de dólares, o que torna mais “incompreensível” a conduta do Governo.



Este é o segundo envio a Cuba em poucos dias, já que na sexta-feira saiu outro navio à ilha com uma quantidade similar de óleo cru. Não vejo outra explicação para esta conduta, a não ser que a amizade e a ideologia de Chávez e do líder cubano Fidel Castro estejam acima dos interesses do país”, expressou. O Governo recorreu a importação do petróleo de outros países, como Brasil e Trinidad y Tobago, como paliativo ao desabastecimento de gasolina no país, enquanto se articula para a contartação de pessoal da Argélia para tratar de operar as instalções petroleiras



Fonte: El Universal



DENÚNCIA



Como podem constatar, não se deu e possivelmente não se dê o “Alô Presidente” de hoje, domingo 5 de janeiro. Em seu lugar, atualmente está sendo gravada uma mensagem para esta noite, declarando o Estado de Exceção. Essa mensagem se fará passar como se fosse direta, mas não será “ao vivo”, uma vez que já está tudo pronto para pôr Chávez bem resguardado e que ninguem saiba onde está.



Por favor passem essa mensagem, é necessário prevenir e que nada nos tome de surpresa.



Eleonora Bruzual



CNN MENTIROSA



Senhores,



Que classe de jornalismo é o que os senhores estão levando a cabo?

Quem lhes paga?



Ontem, 3 de dezembro, estivemos junto com nossa família na marcha pacífica pelo lado da oposição venezuelana. Temos vídeos onde conversamos com sua produtora, uma jovem (não Lucía Newman, que já tem demonstrado em Cuba sua total preferência para com esse regime autoritário, ditatorial e comunista) – e se vê CLARAMENTE, como é atingida por gases e agredida pelos grupos chavistas e militares do governo, e junto a ela e sua assistente – um jovem a quem tivemos que dar um pouco de vinagre pelos efeitos dos gases – estavam as pessoas da oposição – de onde não se lançou NEM UMA pedra, nem garrafa!!! Somente homens, mulheres, jovens, velhos e até crianças com apitos e bandeiras. As fimagens falam por si sós.



Senhores, ponho meu vídeo contra seu artigo onde disse que os grupos se atacaram mutuamente, que atiraram garrafas e pedras de ambos os lados.



Senhores, tenham UM POUCO de vergonha e honestidade com seu público! Nessa marcha haviam milhares de opositores ao governo corrupto e assassino do inquilino temporário de Miraflores, e todos VIMOS e vivemos o que ocorreu, e por outro lado, um grupo de desadaptados sociais, mercenários do governo que estão em sua maioria claramente alterados pelo uso de drogas e álcool.



Lhes digo que solicitarei a TODOS os cabo-operadores da Venezuela que dêem baixa na CNN. Boicotem a CNN no mundo!!!



Pelo que vejo hoje como os senhores resenham as notícias da Venezuela, falsas serão TODAS as suas notícias.



São uma vergonha para o meio jornalístico!



SHAME ON YOU!



Quero ver se se atrevem a publicar esta carta. Mentirosos!



Gloria Roland Haiek

Caracas, Venezuela



PS. Essa carta foi enviada à rede de televisão CNN



PROVÁVEL GUERRILHEIRO DA ELN ENTRE AS VÍTIMAS DO ENFRENTAMENTO NA VENEZUELA



Segundo informações transmitidas pela emissora caraquenha Unión Radio Noticias, o DAS (Segurança do Estado) da Colômbia admitiu que o cidadão colombiano Jairo Gregorio Morán, que foi uma das duas baixas do oficialismo no recente enfrentamento na Av. de Los Próceres, em Caracas, era um guerrilheiro da ELN (Exército de Libertação Nacional) da Colômbia. O indivíduo também tinha uma ampla ficha criminal na Venezuela, mas, apesar disso, recebeu serviços fúnebres com honras de Herói Nacional.



Apesar de sua irmã ter protestado ante a mídia e ter mostrado documentos que creditam a nacionalidade venezuelana, soube-se e tem sido denunciado por um grande número de dissidentes do regime chavista que guerrilheiros colombianos foram introduzidos furtivamente e documentados na Venezuela, para participar dos planos repressivos do governo.



Estas são as primeiras baixas do oficialismo, o qual desatou uma enérgica resposta do chavismo e seus adeptos, muito desproporcional em relação às dezenas de vítimas da violência chavista desde abril passado.



De Miami, para La Voz de Cuba Libre, reportou Rafael Coutin



NOMEARÃO REICH ENVIADO PRESIDENCIAL PARA AS AMÉRICAS



Tim Jonhson e Andrés Oppenheimer

The Miami Herald – Janeiro 8, 2003



Espera-se que a administração Bush anuncie uma reorganização de sua equipe de política latino-americana, que incluirá a nomeação do diplomata Otto Reich como ”enviado presidencial” às Américas, evitando assim uma batalha por sua confirmação no Senado, disseram ontem funcionários da administração.



Reich, de origem cubana, teve que encerrar suas funções no mês passado como o funcionário de maior autoridade para a América Latina, por não poder conseguir a confirmação senatorial. Agora irá mudar-se para a Casa Branca e se reportará diretamente a Condoleezza Rice, a assessora nacional de segurança, segundo os funcionários. Espera-se que o anúncio se concretize na semana que vem.



O substituto de Reich no Departamento de Estado será Roger Noriega, que atualmente serve como embaixador na ONU, disseram as fontes. Noriega era encarregado dos assuntos latino-americanos para o antigo senador Jesse Helms, republicano pela Carolina do Norte, que aposentou-se no mês passado.



Reich e Noriega consideram-se de linha dura em relação à Cuba e outros temas latino-americanos. Reich, um antigo embaixador na Venezuela, havia sido praticamente vetado pelo senador Christopher Dodd, democrata por Connecticut, e outros democratas opostos ao embargo.



Desde que Reich saíra do Departamento de Estado em fins de novembro – quando viu-se legalmente obrigado a renunciar por não ter apoio do Senado – não estava claro se haveria um novo esforço de confirmação este ano.



A decisão da administração de colocar Reich em um cargo que não requeira confirmação senatorial, evita a necessidade de enfrentar outra batalha no Senado, onde o resultado era incerto apesar de encontrar-se sob o controle republicano. O novo cargo de Reich seria uma versão um tanto diminuída do escritório de “enviado presidencial” para a América Latina, criada durante o governo Clinton e dissolvida por Bush.



Reich terá uma secretaria e pessoal num edifício adjacente à Casa Branca e se reportará a Rice, disseram funcionários. Porém, seus partidários afirmam que poderá representar um importante papel, porque trabalhará em contato direto com Rice e, por conseguinte, terá fácil acesso ao Presidente.



Fonte: La Voz de Cuba Libre – www.lavozdecubalibre.com